O único cinto de segurança autorizado para uso nos trabalhos em altura é a cinto de segurança tipo pára-quedista. Este tipo de cinto distribui o peso do corpo em queda livre por vários pontos, entre os quais as duas coxas e o peito, assim minimiza possíveis lesões na coluna pelo impacto de tração no estiramento do talabarte (cabo com gancho que prende o cinto).
Esta garantia não existe caso a pessoa esteja usando um cinto de segurança do tipo abdominal . O cinto do tipo abdominal (que envolve a cintura) somente poderá ser usado como um limitador de distancia horizontal.
Antes de se Iniciar um trabalho em alturas deverá ser estudada uma ou mais formas seguras para se prender o cinto de segurança. Se não houver uma opção melhor deverá ser esticado um cabo de aço de dimensões adequadas (mínimo de 3/16") para que se possa prender o cinto e permitir o deslocamento do usuário.
Desta forma, trabalhos executados em pipe-rack, telhados e assemelhados somente poderão ser feitos com a fixação prévia deste cabo de aço, da mesma forma, que deverá ser preparado um "piso seguro" feito com pranchões sobre a estrutura do pipe-rack ou telhado.
Qual a carga máxima de trabalho pode ser aplicada ao cinturão paraquedista?
100kg a contar o peso do usuário mais as ferramentas de trabalho. Gostaríamos de esclarecer que não podemos utilizar nenhum método de ensaio diferente dos especificados na NBR 15836:2010, que descrimina os métodos utilizados para ensaios nos cinturões paraquedistas, portanto, não há possibilidade alguma de descriminar uma carga de ensaio superior a 100kg nos laudos emitidos pelo MTE. Não podemos afirmar que o cinturão suporta uma massa superior a de 100kg, para que possamos obter esta afirmativa teríamos que realizar ensaios dinâmicos com massa superior a 100kg, ou seja, teríamos que submeter o equipamento a ensaios com massa de 120kg, 13 kg e assim sucessivamente até obtermos a massa máxima que acarretaria o rompimento do cinturão em situação dinâmica “queda”, dessa forma poderíamos estabelecer um limite máximo para utilização dos cinturões, porém mesmo aplicando estes ensaios aos cinturões, não teríamos respaldo normativo algum, tornando este método de ensaio inválido.
Qual a forma correta de higienização dos cintos e talabartes de segurança?
Água pura e sabão neutro (as substâncias químicas contidas nos produtos de limpeza ou removedores danificam o cadarço tornando o cinturão impróprio para o uso).-Utilizar somente escova com cerdas macias para esfregar o cadarço do cinturão ou línea de vida, as cerdas rígidas podem desgastar o cadarço diminuindo sua resistência.
-Não guardar úmido.
-Nunca utilizar nenhum tipo de solventes ou ácidos para limpeza dos equipamentos.
Qual a velocidade necessária para o acionamento das travas do equipamento trava-quedas retrátil?
Os equipamentos que possuem cabo de aço realizam o travamento com a velocidade de 1,6m por segundo e para equipamento com cabo de fita o travamento acontece 1,4m por segundo.
Qual a vida útil do cinturão e linha de vida de segurança?
A vida útil deste equipamento não pode ser expressa em números exatos, uma vez que depende de influências externas, assim como: tipo de aplicação, intensidade e freqüência de uso, inclusive de condições climáticas. Aplicações em condições de grande demanda do material e/ou uso incorreto pode vir a reduzir a margem de segurança a um curto espaço de tempo, obrigando a reposição do equipamento.
Após uma queda é possível reutilizar o cinturão e o linha de vida de segurança?
Não, pois em uma queda sua estrutura é inteiramente solicitada, cadarços, costuras, argolas e fivelas, desta forma mesmo não apresentando nenhuma deformação o cinturão deverá ser descartado.
A movimentação com Talabartes.
Em todas as situações de trabalho em altura, onde não existam sistemas de proteção coletiva instalado, o trabalhador deverá portar e utilizar um sistema de proteção contra quedas individual, isto de maneira constante durante todo o seu deslocamento pelas estruturas ou escadas tipo marinheiro.
Uma maneira de cumprir este requisito de maneira segura e eficiente, é a utilização de "Talabartes de Progrssão Duplos", estes são utilizados conectando-se alternadamente cada uma das duas extremidades do talabarte, de maneira que o trabalhador tenha sempre um dos dois conectores de grande abertura, conectado a estrutura, protegendo-o contra qualquer possibilidade de queda.
Este sistema deverá ter um absorvedor de energia, instalado entre os talabartes e o corpo do trabalhador, afim de minimizar o impacto causados a este último, em um caso de queda. É importante que os talabartes sejam sempre conectados a pontos acima da cabeça do trabalhador.
EPI PARA PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS COM DIFERENÇA DE NÍVEL
Dispositivo trava-queda
a) Dispositivo trava-queda de segurança para proteção do usuário contra quedas em operações com movimentação vertical ou horizontal, quando utilizado com cinturão de segurança para proteção contra quedas.
Cinturão
a) Cinturão de segurança para proteção do usuário contra riscos de queda em trabalhos em altura;
b) cinturão de segurança para proteção do usuário contra riscos de queda no posicionamento em trabalhos em altura.
Medidas de proteção contra quedas de altura.
É obrigatória a instalação de proteção coletiva onde houver risco de queda de trabalhadores ou de projeção de materiais.
As aberturas no piso devem ter fechamento provisório resistente.
É obrigatória, na periferia da edificação, a instalação de proteção contra queda de trabalhadores e projeção de materiais a partir do início dos serviços. Os tapumes deverão ser construídos de material resistente a projeção mecânica e queda de materiais, deverá também promover a segurança de toda população flutuante do local.
Os materiais de trabalho deverão estar presos a suportes, evitando a queda dos mesmos.
Utilização de escadas.
*Use somente escadas em boas condições e tamanho adequado.
*Coloque a escada em ângulo correto, com a base a ¼ do comprimento da escada, utilize os degraus para facilitar a contagem;
*Nunca coloque um escada em frente a abertura de um porta, ao menos que seja bem sinalizada ou tenha alguém vigiando.
*Uma escada deve estar bem apoiada sendo segura na base ou amarrada no ponto de apoio.
*Não coloque a escada por sobre qualquer equipamento ou máquina.
*Suba ou desça de frente para a escada, não suba além dos dois últimos degraus.
*Materiais não podem ser transportados ao subir ou descer da escada, use equipamento apropriado para elevar ou descer materiais.
Cintos de Segurança .
Em atividades com risco de queda e altura superior a 2 m, deve ser usado cinto pára-quedista, com ligação frontal (fig.1) ou dorsal (fig.2).
Figura 1 |
Figura 2 |
Em atividades sem risco de queda, com o objetivo de, simplesmente, limitar a movimentação do trabalhador a um corredor de largura “L”, é permitido usar o talabarte ligado à linha da cintura. Será o caso que utilizaremos na filial, os cintos serão presos no próprio andaime.
Aplicações
2. Telhados
O Ministério do Trabalho exige que nos telhados sejam instaladas linhas de segurança, para segura movimentação do trabalhador (NR 18.18).
Neste item , trataremos somente da forma de movimentação em toda a área do telhado, não considerando a necessária proteção contra quebra de telhas. Para maiores detalhes veja nosso site, item 9 de “Nossos Produtos” e Informativo Técnico “Trabalho em Telhados”.
Geralmente, a linha de segurança é constituída de trilho de aço I (4”x2 5/8”), instalado na cumeeira, conforme pode ser visto nas figuras 2 e 6.
Para telhados com largura (L) de até 10 m, usa-se o trava-queda retrátil R-10. Para larguras de até 20 m, usa-se o modelo R-20.
Para telhados com largura superior a 20 m, não é utilizado trava-queda retrátil, devido ao peso do aparelho e a dificuldade de locomoção do trabalhador.
3. Andaimes suspensos
Sobre o aspecto técnico, o trava-queda retrátil R-10, usado com ancoragem dorsal, é indiscutivelmente o mais indicado para trabalho em andaimes suspensos, visto que, oferece ao trabalhador total mobilidade para execução do serviço. Na prática, por motivos puramente comerciais, usa-se o trava-queda para cabo de aço ou corda vertical fixos e tenta-se aumentar um pouco a mobilidade do trabalhador usando-se um talabarte de comprimento maior que o indicado pelo fabricante. Tal procedimento é totalmente errado e pode provocar acidentes graves, pelo fato de que o trava-queda poderá ser submetido a cargas dinâmicas superiores aos valores projetados e testados.
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Fontes: | Portal SESMT | TST-Brinks Campinas | Athenas Cintos |
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