quarta-feira, 2 de maio de 2018

Cresce o número de mulheres na construção civil




Contratação de mulheres no setor cresceu exponencialmente nos últimos anos

A mulher sempre sofreu preconceito quando o assunto é construção civil. Nota-se que é uma profissão desempenhada em sua imensa maioria por homens, apesar de vivermos tempos de modernidade e luta por igualdades.

No entanto, os números mostram que o cenário começa a apresentar uma mudança mais favorável neste sentido, em que as mulheres passam também a ocupar o mercado da construção civil.

Um vasto mercado que acolhe

As mulheres estão começando a ocupar mais postos de trabalho na construção civil, seja nos canteiros e praças de obras, seja como chefes de projeto, engenheiras e cabeças do processo produtivo do setor.

Nos últimos dez anos, o Ministério do Trabalho e Emprego estima que a absorção de mulheres pelo mercado da construção civil cresceu quase 50%, e que mais de 200 mil mulheres já trabalham com a construção civil hoje no Brasil.

Um longo caminho a percorrer


Por mais que as perspectivas de ascensão das mulheres na construção civil de fato existam, o preconceito de gênero enquanto obstáculo para essa absorção das mulheres no mercado também é um forte fator que impede estas profissionais, igualmente capacitadas, competentes e talentosas, de ocupar as vagas de emprego no mercado da construção civil – até mesmo no setor de engenharia.

Isto porque os dados mostram que apenas 30% dos acadêmicos de Engenharia Civil são mulheres. Depois de formadas, estas profissionais recebem até 19% a menos do que um engenheiro homem desempenhando exatamente a mesma função. Supondo que um engenheiro homem ganha como salário R$ 10 mil, uma mulher engenheira ganharia R$ 8,1 mil, apenas por ser mulher.


Iniciativas de capacitação e luta


Existem projetos no Brasil que lutam para capacitar as mulheres e prepará-las para o mercado da Construção Civil. Um deles acontece no Rio de Janeiro – Projeto Mão na Massa. A iniciativa já levou mais de 1000 mulheres cariocas a entrarem no mercado da construção através de cursos profissionalizantes. Antes, as mulheres, em sua maioria donas de casa, viviam uma situação de vulnerabilidade social.


A ONG gaúcha Mulher em Construção, por exemplo, já capacitou mais de quatro mil mulheres para se tornarem pedreiras, azulejistas, pintoras, eletricistas, ceramistas e outras trabalhadoras do ramo da construção civil. O diferencial desta iniciativa é que, além dos conteúdos técnicos, a ONG também ensina sobre respeito, tolerância, igualdade e consciência social.


Conclusão


Em tempos de crise, uma das principais saídas para que o mercado possa se recuperar e dar a volta por cima é contar com o apoio do trabalho de profissionais extremamente capacitados. Ao excluir as mulheres deste setor, a construção civil perde cabeças e braços talentosíssimos, que podem fazer a diferença para reerguer o faturamento da área e conseguir assim gerar ainda mais emprego e renda.

Para além da questão da economia, empregar mulheres na construção civil é uma questão de dignidade. Mas não basta empregar: é necessário instruir e pagar adequadamente – o mesmo que se paga a um homem.




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