quinta-feira, 1 de abril de 2021

Como usar a máscara PFF2/N95? Veja respostas para 17 dúvidas sobre o modelo mais eficiente contra a Covid


Quanto custa? Posso reutilizar ou lavar? Como sei se a máscara está ajustada corretamente? Veja respostas para essas e outras perguntas.

Por Lara Pinheiro, G1
12/03/2021 05h01


Você já deve ter visto profissionais de saúde ou pessoas na rua usando máscaras que parecem um bico de pato ou uma concha, com elásticos presos atrás da cabeça. Essas máscaras – ou respiradores, em seu nome técnico – são as PFF2, nomenclatura brasileira que é equivalente à americana N95.

Alguns especialistas têm feito publicações ou criado páginas em redes sociais para tirar dúvidas sobre esse tipo de máscara. O G1 conversou com alguns deles para responder às seguintes perguntas:

  1. O que é uma máscara N95/PFF2? Como ela funciona?
  2. Ela me dá maior proteção contra o coronavírus do que as máscaras de pano e as cirúrgicas?
  3. Se eu usar uma PFF2, vou também proteger outras pessoas?
  4. Eu devo usar uma PFF2 com válvula?
  5. Como eu sei se a máscara está bem ajustada?
  6. Quais são os erros mais comuns ao usar uma PFF2?
  7. Se eu sinto cheiros com a PFF2, significa que corro o risco de me contaminar?
  8. Posso usar duas PFF2 ao mesmo tempo?
  9. Para quais ambientes a PFF2 é recomendada?
  10. Como eu sei se estou comprando uma PFF2 legítima?
  11. Por quanto tempo eu posso ficar com a máscara antes de trocar?
  12. Como reutilizar a máscara?
  13. Se eu comprar máscaras PFF2, elas vão faltar para profissionais de saúde?
  14. Crianças podem usar PFF2?
  15. Quanto custa, em média, uma PFF2? Onde encontro mais barato?
  16. AS KN95 são a mesma coisa que a PFF2/N95?
  17. Qual a diferença entre PFF1, PFF2 e PFF3?

1) O que é uma máscara N95/PFF2? Como ela funciona?


Máscaras do tipo N95 (equivalentes às PFF2 brasileiras) — Foto: CDC/Pexels
Máscaras do tipo N95 (equivalentes às PFF2 brasileiras) — Foto: CDC/Pexels


A sigla PFF significa "peça facial filtrante". No Brasil, existem 3 tipos: as PFF1, PFF2 e PFF3. As máscaras desse tipo são uma peça facial constituída parcial ou totalmente de material filtrante que cobre o nariz, a boca e o queixo.

"Portanto, necessariamente, uma PFF deve possuir uma camada de filtro, sendo que, normalmente, essa camada filtrante encontra-se entre outras duas camadas: uma de cobertura, a parte externa, e outra camada que fica em contado com a face, a camada interna", explica Vladimir Vieira, servidor aposentado da Fundacentro, órgão do atual Ministério da Economia que elabora estudos sobre proteção respiratória, segurança, higiene e outros assuntos relacionados à medicina do trabalho.

Na camada filtrante é onde será retido o material particulado. Essa camada pode ser composta de vários polímeros: polipropileno, poliéster ou polietileno.

"Essa camada de material filtrante possui uma alta porosidade, fazendo com que a resistência à respiração – dificuldade para respirar – da PFF não seja alta", pontua Vladimir Vieira, que também dá aulas em cursos de medicina e segurança do trabalho.

Ele explica que a captura do material particulado ocorre por vários mecanismos de retenção de partículas.

"Podemos destacar um deles, que é a atração eletrostática. Com a tecnologia avançada atualmente, as camadas filtrantes são fabricadas com materiais que capturam partículas que emitem cargas negativas. A fibra do material filtrante emite cargas positivas", diz.

"Assim, o material filtrante 'atrai' as partículas que entram em contato com a máscara e não deixa que elas entrem nas vias respiratórias do usuário. Importante destacar que as partículas são capturadas não na superfície da máscara, e, sim, na camada filtrante", esclarece Vieira.

As PFF são, ainda, classificadas de acordo com a sua capacidade de reter partículas sólidas e líquidas à base de água ou sólidas e líquidas à base de óleo ou outro líquido diferente de água. Nesses casos, elas recebem, também, a nomenclatura (S) ou (SL), respectivamente. Esse símbolo pode aparecer na embalagem (veja mais detalhes sobre o que deve estar na embalagem na pergunta 10).

Na Europa, a PFF é conhecida como FFP (inglês para "filtering face piece"). A PFF2 é equivalente, nos Estados Unidos, às N95, e, na Europa, às FFP2.

No Brasil, as tiras da PFF2 devem ser atrás da cabeça.


2) Ela me dá maior proteção contra o coronavírus do que as máscaras de pano e as cirúrgicas?



Se estiver bem vedada, sim. Isso porque, quando está bem aderida ao rosto, a máscara impede que o vírus entre pelas "folgas" que acabam sendo criadas pelas máscaras de pano ou cirúrgicas. Para isso, é preciso ajustar bem o clipe nasal, o pedacinho de metal que as PFF2 têm. Algumas delas têm o clipe nasal na parte de dentro.

"As PFF2 são uma alternativa segura, barata fácil de se encontrar para as máscaras de pano e as máscaras cirúrgicas, principalmente porque essas não oferecem o mesmo grau de proteção contra a Covid", explica Beatriz Klimeck, doutoranda em Saúde Coletiva na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) por trás da página "Qual Máscara?" na rede social Twitter (assista ao vídeo no topo da reportagem).

A PFF2 tem, por exemplo, poder de filtragem, o que as máscaras de pano não têm.

"A máscara cirúrgica tem boa eficiência de filtragem, mas tem um vazamento grande nas laterais na região da bochecha. Ela filtra bem, mas nem sempre veda bem", explica o engenheiro biomédico Vitor Mori, da Universidade de Vermont, nos Estados Unidos, no episódio de 'O Assunto' sobre máscaras (escute abaixo na íntegra).

As máscaras PFF2 são consideradas equipamentos de proteção individual (EPIs) – por isso, são construídas para garantir um nível grande de proteção, explica Mori, que também fala sobre máscaras no Twitter.

"Além de garantir uma boa vedação, elas também passam por testes muito rigorosos com relação à filtragem: são máscaras que, por padrão, têm que filtrar pelo menos 94% das partículas de 0,3 mícrons, que são as mais difíceis de serem coletadas", diz.

3) Se eu usar uma PFF2, vou também proteger outras pessoas?


Sim – desde que a máscara não tenha válvulas e esteja bem aderida ao rosto.

"Quanto mais bem vedada a máscara estiver e quanto melhor for a qualidade da filtração, mais essa máscara vai proteger os outros das partículas que você emite e mais vai te proteger também", diz Vitor Mori.


"A máscara, antes de mais nada, tem que estar bem ajustada ao rosto", reforça. "Ela tem que estar sem vazamentos pelas laterais, com o máximo de vedação possível, e, além disso, tem que ter um elemento filtrante de boa qualidade, de forma que todo o ar que entre ou que saia passe por esse elemento".

Um estudo publicado na revista científica 'Science' mediu o quanto máscaras de vários tipos conseguiam impedir que as gotículas expelidas por uma pessoa ao falar se espalhassem pelo ambiente. A PFF2 – sem válvula – foi a que melhor cumpriu esse objetivo.

4) Eu devo usar uma PFF2 com válvula?


Técnico da seleção ucraniana de futebol, Andriy Shevchenko, usa máscara com válvula. — Foto: Efrem Lukatsky/AP Photo


Na pandemia, não. Isso porque a válvula de exalação serve para facilitar a saída de ar. Nessa saída, entretanto, se a pessoa que está usando a máscara estiver contaminada com o vírus, ela pode expelir partículas virais, ainda que em pequena quantidade, e infectar outras. Ou seja: a PFF2 com válvula protege a pessoa que está usando, mas não as que estão ao redor.


Na quinta-feira (11), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu o uso de PFF2 com válvulas em aeroportos e aviões. (Veja mais sobre recomendações de uso da PFF2 na pergunta 9).


A cientista Melissa Markoski, professora de biossegurança da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) e integrante da Rede Análise Covid-19, alerta que a PFF2 com válvula não deve ser usada.

"Essa válvula existe para facilitar a saída do ar – e, junto com essa saída do ar facilitada, as partículas do Sars-CoV-2 podem ser liberadas também. Esse modelo de máscara não é utilizado pelos profissionais de saúde, então nós não recomendamos que a população utilize", afirma.


5) Como eu sei se a máscara está bem ajustada?


  • Faça a verificação da vedação: com as duas mãos, cubra a maior parte possível da superfície da máscara e expire. Veja se há algum vazamento de ar nas laterais. Outra possibilidade é passar um espelho de mão próximo aos lados do rosto e verificar se houve embaçamento.
  • Veja se a máscara cede quando você inspira e se infla quando você expira. Se você usa óculos, um possível indicador é: se os óculos ficam embaçados, a máscara pode não estar vedando bem.
  • Ajuste o clipe nasal, com as duas mãos, para não sair ar.

6) Quais são os erros mais comuns ao usar uma PFF2?

Veja, no infográfico abaixo, os erros mais comuns (e as instruções de ajuste) no uso da máscara:

Veja as instruções de uso (e os principais erros) da PFF2 — Foto: Anderson Cattai/G1


7) Se eu sinto cheiros com a PFF2, significa que corro o risco de me contaminar?



Não. A máscara não foi feita para segurar cheiros, explica Vladimir Vieira. Por isso, sentir cheiro do cigarro de alguém na rua, por exemplo, não significa risco de contaminação se a pessoa estiver infectada.

"A camada filtrante dela é para bioaerossol, para material particulado. Se a pessoa está contaminada e você está usando a PFF2 de forma correta, o fato de você sentir o cheiro porque ela está fumando, no caso, se você está com a máscara bem vedada, isso não teria problema nenhum", afirma.


8) Posso usar duas PFF2 ao mesmo tempo?



Não. Por dois motivos: a de cima pode deslocar a de baixo e há um aumento da dificuldade de respirar.

Uma saída possível, explica Vladimir Vieira, é usar uma máscara cirúrgica por cima da PFF2. Isso porque a máscara cirúrgica não aumenta tanto a dificuldade de respirar quanto o outro tipo.

Mas o especialista também alerta que colocar a máscara cirúrgica "dentro" da PFF2 não é recomendado.

"Tomando cuidado para verificar a vedação da máscara, você diminui a sujidade dessa máscara – acaba aumentando um pouco mais o tempo de uso [da PFF2] quando coloca uma cirúrgica. A cirúrgica embaixo da PFF2, não", alerta.


9) Para quais ambientes a PFF2 é recomendada?

 

Pessoas circulam pela estação da Luz, em São Paulo, no dia 4 de março. Especialistas recomendam o uso das máscaras do tipo PFF2 em locais fechados, mal ventilados e com aglomerações – como o transporte público. — Foto: Amanda Perobelli/Reuters


Principalmente para locais fechados e/ou mal ventilados e com muitas pessoas – como, por exemplo, o transporte público ou aviões e aeroportos.


Locais fechados e mal ventilados trazem maior risco de contaminação porque os aerossóis emitidos pelas pessoas ao falar, respirar ou tossir, por exemplo, ficam mais tempo em suspensão, ao invés de evaporarem ou serem dispersados. Se esses aerossóis estiverem carregando o coronavírus, outra pessoa, no mesmo ambiente, pode inalar essas partículas e se contaminar. É assim que funciona a transmissão pelo ar – o contágio sem que se tenha contato direto com uma pessoa infectada.

"Se for completamente inevitável ir para um local fechado, mal ventilado, com muita gente, aí é interessante pensar na opção de utilizar uma máscara de melhor qualidade, de preferência um respirador do tipo PFF2", avalia Vitor Mori.
Se estiver cuidando de uma pessoa com Covid em casa, a PFF2 também é recomendável, desde que seja usada de maneira correta, lembra Vladimir Vieira.


10) Como eu sei se estou comprando uma PFF2 legítima?


Confira se a PFF2 tem o selo do Inmetro. Em algumas, ele pode vir, também, na parte interna da máscara. — Foto: Lara Pinheiro/G1


Beatriz Klimeck dá algumas dicas:

  • Procure o número do "CA" (sigla para Certificado de Aprovação) na embalagem. Esse número é emitido pelo Ministério do Trabalho.
  • Depois de encontrar o número, faça uma rápida busca on-line e descubra se o CA está ativo. Se estiver, veja se a descrição na página corresponde ao produto que está na embalagem. Veja abaixo um exemplo de busca:
Depois de encontrar o número, faça uma rápida busca on-line e descubra se o CA está ativo. Se estiver, veja se a descrição na página corresponde ao produto que está na embalagem. — Foto: Reprodução


  • Confira se os elásticos prendem atrás da cabeça (e não da orelha).
  • Confira se a PFF2 tem o selo do Inmetro.
  • Se estiver escrito na embalagem que a máscara é lavável, não compre, porque as PFF2 não são laváveis (veja detalhes na pergunta 13).
  • Se a máscara tem costura de máquina – com linha – não é uma PFF2, porque elas são seladas.
  • A máscara pode ter a nomenclatura (S) ou (SL) na embalagem; isso simboliza a capacidade de reter partículas sólidas e líquidas à base de água (S) ou sólidas e líquidas à base de óleo ou outro líquido diferente de água (SL). Para o coronavírus, a sigla S já é suficiente.
Klimeck também reforça que é necessário atentar para outros detalhes visuais – porque algumas marcas colocam, na embalagem, um CA que não corresponde ao produto que está ali dentro.

"Só analisar o CA não é a garantia. Tem que observar as condições da máscara", diz Klimeck. "Não precisa dizer, na embalagem, que ela protege contra vírus. Porque elas não dizem – dizem que protegem contra poeira e outras partículas. Elas são instrumentos de trabalho – colateralmente protegem contra o vírus, mas não é o objetivo central delas", esclarece.
Atenção: como, no Brasil, a nomenclatura N95 não é utilizada, é provável que você encontre apenas a sigla "PFF2" na embalagem.

11) Por quanto tempo eu posso ficar com a máscara antes de trocar?



Em uso comum, fora de ambiente hospitalar, não existe uma regra.

O Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês) diz que uma consideração importante para o uso prolongado seguro das N95 é que a máscara deve manter seu ajuste e função. Experiências em indústrias, por exemplo, apontam que elas continuam funcionando por 8 horas de uso contínuo ou intermitente.

"Assim, a duração máxima de uso contínuo em locais de trabalho de saúde sem poeira é normalmente ditada por questões de higiene (por exemplo, o respirador foi descartado porque ficou contaminado) ou por considerações práticas (por exemplo, necessidade de usar o banheiro, intervalos para refeições etc.), em vez de um número predeterminado de horas", considera o órgão.

Melissa Markoski, da UFCSPA, recomenda trocar a máscara a cada 4 ou 6 horas. A Organização Mundial de Saúde (OMS) também prevê o uso por no máximo 6 horas no caso de profissionais de saúde e quando há escassez das máscaras.

"Se uma pessoa trabalha e tem um turno de 8 horas de trabalho por dia, é ideal que ela tenha 2 máscaras, porque ela pode ser utilizada entre 4 e 6 horas. Então, a pessoa precisa, num turno de trabalho, fazer uma substituição", aconselha.

Ela explica que, para uso por períodos mais longos, é preciso se atentar a alguns detalhes – como, por exemplo, evitar falar demais, para não umedecer a máscara.

"Com essa questão do tempo estendido de uso, se tem recomendado esse uso por até 8 horas. Mas vamos pensar nas condições, porque as máscaras precisam não estar umedecidas. Então, se a pessoa vai passar 8 horas com a máscara, ela precisa entender que não pode passar 8 horas falando, conversando, isso vai umedecer a máscara mais rapidamente", alerta Markoski.

Em áreas de alto risco, com maior chance de contato com aerossóis, a recomendação é diminuir o tempo de uso. "O ideal seria utilizar um tempo menor e, depois, fazer uma reposição", diz.

Beatriz Klimeck, da Uerj, afirma que passar de um determinado número de horas de uso não significa que a máscara perde completamente a eficiência.

"A gente recomenda por até 8 horas, mas não é como se passar [desse tempo] fosse desproteger completamente a pessoa", diz. "É preciso dizer que, se a pessoa precisou ficar 12 horas com a máscara, sem dúvida ela está mais protegida do que se estivesse com qualquer outra. Então não é como se, em 12 horas, a máscara chegasse a zero de filtragem", pondera Klimeck.


12) Como reutilizar a máscara?



Reutilizar, para uso fora de hospitais, é possível; lavar, não. Não use álcool, sabão ou qualquer produto de limpeza.

"Num cenário ideal, sem escassez de recursos, seria utilizar uma vez e descartar. Mas, se todo mundo fizer isso, vai acabar faltando", lembra Vitor Mori.


Veja algumas recomendações de reuso da máscara:

  • Não lave, passe álcool ou qualquer produto químico.
  • Não molhe.
  • Deixe em local ventilado, arejado e longe da luz solar intensa e prolongada.
  • Deixe descansando por, no mínimo, 3 dias, e, se possível, 7. Uma opção é separar uma máscara para cada dia da semana e numerá-las.
  • Não reutilize em sequência (por exemplo: se você saiu com a máscara 1, não a utilize da próxima vez que sair, mesmo que tenha usado por pouco tempo).
"Como você não tem como saber se no ambiente em que você está tem uma pessoa ou mais de uma pessoa infectada, sempre que for a algum lugar, deixe [descansar] 3 dias, porque reutilizar envolve a chance de se contaminar quando recoloca a máscara", lembra Beatriz Klimeck.

Melissa Markoski avalia que até períodos menores de descanso – de 48h – são suficientes para "descansar" a máscara e inativar partículas virais que possam estar ali.

"Se a pessoa tiver um jogo de máscaras para cada dia da semana, ela só vai reutilizar a que ela usou na segunda-feira uma semana depois. Seria a condição ideal. Mas a gente sabe que a população, hoje, não tem condições de ter tantas máscaras, fazer essas reposições todas, então a gente recomenda um mínimo de 48 horas", diz.

Para guardar as máscaras em casa, você pode pendurá-las em um varal, em ganchos na parede ou guardá-las em um envelope de papel.

"Não tem perigo de ficar numa parte da casa em que as pessoas passam, porque o vírus não sai da máscara voando. Ele precisa de partículas – no caso partículas da nossa respiração, da nossa fala – para se propagar, então a máscara pode ficar num ambiente dentro da sua casa, de preferência num lugar arejado e ventilado", explica Klimeck.


  • Quantas vezes posso reutilizar?

O CDC considera que não há como determinar o número máximo possível de reutilizações seguras para uma máscara N95 que possa ser aplicado em todos os casos.

"A reutilização segura do N95 é afetada por uma série de variáveis que afetam a função do respirador e a contaminação ao longo do tempo. No entanto, os fabricantes de respiradores N95 podem ter orientações específicas sobre a reutilização de seus produtos", diz o órgão.

Melissa Markoski fala em reutilizar até 7 vezes a mesma PFF2; Beatriz Klimeck, em até 15, a depender do quanto a máscara é usada e das condições em que está.


13) Se eu comprar máscaras PFF2, elas vão faltar para profissionais de saúde?


Essa possibilidade é levantada pelo CDC. O órgão não recomenda que máscaras do tipo N95 (equivalente americano da PFF2) sejam usadas pela população em geral – argumentando que elas são suprimentos críticos que devem ser reservados para profissionais de saúde.


Os Estados Unidos enfrentaram, no ano passado, falta de equipamentos de proteção individual, inclusive das N95, no combate à pandemia.


A Organização Mundial de Saúde (OMS) diz que as máscaras do tipo N95 "são projetadas para proteger os profissionais de saúde que prestam cuidados a pacientes com Covid-19 em ambientes e áreas onde são realizados procedimentos de geração de aerossol".


No Brasil, o Ministério da Saúde publicou, em 2020, uma nota informativa recomendando que as máscaras cirúrgicas e N95/PFF2 fossem priorizadas para os profissionais de saúde, considerando que os serviços de saúde são os locais com maior potencial de concentração do novo coronavírus.

Segundo Beatriz Klimeck, não há, entretanto, no Brasil, indícios de desabastecimento até agora.

"São muitas marcas, é um produto que é fácil de ser produzido. A orientação de que elas devem ser deixadas para os médicos faz sentido – mas num contexto onde a gente tem um desabastecimento", pontua.


"Outros países – como os países da Europa, que estão obrigando o uso – estão dando subsídio, pensando formas de fomentar essa indústria. A gente tem uma indústria nacional muito grande de máscaras. O movimento não seria deixar de usar e, sim, estimular a produção – que eu acho que também é uma coisa que está acontecendo com o aumento das vendas. Os fornecedores estão interessados em comprar, ir atrás", observa Klimeck.


Mesmo assim, Vitor Mori lembra que as PFF2 são equipamentos fundamentais para quem está na linha de frente do combate à pandemia.

"Então, minha primeira recomendação é: use com muita parcimônia. E, de preferência, é muito mais fácil, seguro e barato que a gente evite ir para locais de maior risco", reforça.

14) Crianças podem usar PFF2?


Depende do tamanho da máscara e do rosto da criança, diz Beatriz Klimeck. Algumas marcas, por exemplo, produzem máscaras de tamanhos diferentes, o que pode facilitar o ajuste. Não existem, entretanto, PFF2 feitas especificamente para crianças– porque elas são, primeiro, um instrumento de trabalho.

"'Criança' é uma categoria muito ampla. Uma criança de 7, 8 anos consegue usar, perfeitamente, uma PFF2, se bem ajustada ao rosto. Às vezes a gente recebe foto de [criança com] 5, 6 anos, com um rosto bem ajustado numa PFF2", afirma.
A especialista lembra que o mais importante é que a criança, seja qual for o modelo, não retire a máscara do rosto.

"A gente sempre fala que uma máscara boa para criança é uma que ela não fica tentando tirar e que consegue deixar no rosto. Para uma melhor vedação – a melhor opção nesse caso, sem ser uma PFF2, seria uma máscara cirúrgica por baixo e uma de pano por cima, bem ajustadas ao rosto", afirma Klimeck.
"Se vai mandar para a escola, precisa vir com uma conversa sobre manter no rosto – não abaixar, não levantar. Às vezes você abaixa a máscara para ouvir, tem várias reações. É quase um treino", diz.

15) Quanto custa, em média, uma PFF2? Onde encontro mais barato?


Segundo Beatriz Klimeck, o preço médio vai de R$ 1,80 a R$ 10. Ela alerta para lojas que têm praticado preços abusivos – como R$ 30, R$ 40 ou mais.
"Tem marcas boas e certificadas a partir de R$ 1,80. Não é nem valor de atacado, é valor de varejo a partir de R$ 1,80. Entre R$ 2 e R$ 5 você encontra muitas marcas", afirma.

As máscaras podem ser encontradas em farmácias, mas, como é um equipamento de proteção individual (EPI) para trabalho, lojas específicas de EPIs (#NaKausbenTem) ou de materiais de construção, por exemplo, podem ter preços menores. Procurar on-line também é uma opção.

"Se essa máscara não é acessível, o ideal é que você preste muita atenção na vedação e que tenha uma máscara que seja um pouco mais grossa", recomenda Vitor Mori.

16) AS KN95 são a mesma coisa que a PFF2/N95?


Máscara do tipo KN95 — Foto: Markus Winkler/Pexels



As KN95 são a nomenclatura do padrão chinês das PFF2, mas elas têm algumas diferenças em relação às brasileiras. Uma delas é o fato de que os elásticos prendem atrás da orelha – o que reduz a capacidade de vedação das máscaras. Reforçando: não existem PFF2 brasileiras, certificadas, com o elástico atrás da orelha – só da cabeça.


Vitor Mori também alerta para as falsificações das máscaras vendidas sob a nomenclatura KN95.

"Teoricamente, ele seria equivalente em termos de eficiência de filtragem. O problema é que a gente não consegue garantir um padrão. Testes feitos nos Estados Unidos mostraram que alguns fabricantes de KN95 oferecem um produto que filtra menos de 30% das partículas de 0,3 mícrons. E é impossível diferenciar o que é uma KN95 de boa qualidade e o que não é", alerta.

17) Qual a diferença entre PFF1, PFF2 e PFF3?


Máscaras do tipo N95 e N100 (à direita). As N95 são equivalentes às PFF2 brasileiras. — Foto: CDC/Pexels


Quanto maior o número, maior foi a eficiência da máscara em impedir a passagem de aerossóis nos ensaios de laboratório:


  • PFF1: Possuem eficiência mínima de 80% (penetração máxima de 20% dos aerossóis)
  • PFF2: Possuem eficiência mínima de 94% (penetração máxima de 6% dos aerossóis)
  • PFF3: Possuem eficiência mínima de 99% (penetração máxima de 1% dos aerossóis)

Vladimir Vieira explica, entretanto, que, nos ensaios, o que acontece é que as fibras do material filtrante da máscara são “bombardeadas”, de forma contínua, com as partículas do aerossol de ensaio a uma velocidade de 95L/min.

Esse teste é bem mais "drástico" do que a realidade, diz o especialista, e não representa, na prática, que 6% das partículas que estão no ambiente, no caso da PFF2, vão passar pelo material filtrante da máscara.

"A pessoa não consegue respirar continuamente. A nossa respiração é uma senoide – eu inspiro e expiro. A máscara, sendo usada corretamente, é eficiente", diz Vieira.


Além disso, o fluxo de ar que passa pela máscara em atividades normais – sem grande esforço físico – é de 30L.

"A norma prevê que o consumo de ar por trabalho leve é de 30L/min. E 95L/min seria o trabalho pesado. A pessoa em atividade normal raramente chega a esses valores, de 95L/min", afirma Vieira.


Ele lembra, ainda, que as PFF3 acabam oferecendo mais resistência à respiração. As trocas também podem acabar sendo necessárias com menos tempo de uso, porque o material filtrante tende a entupir. E o preço dessas máscaras também costuma ser mais alto. O uso da PFF3 é recomendado, por exemplo, em alguns casos de exposição a asbesto (amianto) e sílica.

De modo geral, as PFF2 são mais recomendadas contra agentes biológicos, como o coronavírus, do que as PFF1. Mas mesmo as PFF1, apesar de terem menor poder de filtragem, ainda são melhores que as máscaras de pano ou cirúrgicas contra o coronavírus.

"É muito melhor [usar uma PFF1] do que utilizar uma máscara cirúrgica, no caso da Covid. E a resistência à respiração é mais baixa do que a PFF2" pontua Vladimir Vieira.
Ele lembra, entretanto, que profissionais de saúde em contato direto com pessoas que têm Covid devem usar a PFF2, além de outros procedimentos recomendados para evitar a contaminação.





Lembre-se, continue se cuidando. Lembre-se, se poder fique em casa, e se precisar sair, use máscara e álcool gel.

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quarta-feira, 6 de maio de 2020

Mirax S Elimina o Coronavírus





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terça-feira, 31 de março de 2020

Conheça as diferenças entre as máscaras de segurança.

Sua saúde é muito importante. PROTEJA-SE! 


Nas muitas atividades de trabalho existem inúmeros e minúsculos contaminantes, que ficam suspensos no ar.

O ar que respiramos é composto de aproximadamente 21% de oxigênio, 78% de nitrogênio e 1% de outros gases. Nesta combinação, estes gases mantêm a vida.

Sua saúde depende do ar puro que você respira, porém, quando outras substâncias estão presentes, você estará sujeito a irritações, indisposições, problemas de saúde e até mesmo morte.

Os riscos em um ambiente de trabalho, muitas vezes, não são percebidos.

Qual é o papel da empresa? 

Sua empresa deverá inspecionar regularmente os locais de trabalho para identificar e avaliar a natureza dos riscos que podem estar presentes. Também, proporcionar aos seus funcionários a proteção respiratória adequada, bem como informações e treinamento sobre o uso correto dos equipamentos.

Você também desempenha um importante papel.

Depois de selecionar o respirador apropriado, deve utilizá-lo sempre que estiver em uma área que necessite de proteção respiratória. Para a sua própria segurança, verifique se o seu respirador está se ajustando bem ao rosto e se é necessário algum reparo.

Também deve comunicar à sua supervisão se houver problemas com o equipamento ou se você tem alguma enfermidade como asma, alergias ou pressão arterial elevada, que o impeça de usar um respirador.

1 - O que é Limite de Tolerância - LT?

Conforme o item 15.1.5 da NR15, o Limite de Tolerância – LT é a concentração ou intensidade
máxima ou mínima, relacionada com a natureza e o tempo de exposição ao agente, que não causará
dano à saúde do trabalhador.

2 - O que é nível de ação?

Segundo o item 9.3.6.1 da NR9-PPRA, “considera-se nível de ação o valor acima do qual devem
ser iniciadas ações preventivas de forma a minimizar a probabilidade de que as exposições a
agentes ambientais ultrapassem os limites de exposição.” O valor do nível de ação corresponde a
50% do limite de tolerância.

3 - Quais são os fatores de proteção atribuído (FPA) dos respiradores?


Os Fatores de Proteção Atribuídos recomendados pela 3M, baseados na IN 01 de 11/04/94, são:

• Respirador Semifacial (sem manutenção ou de cartucho recambiável) .................................... 10
• Respirador de Peça Facial Inteira ...........................................................................................100
• Respirador Motorizado com Peça Facial Inteira, Capuz ou Capacete .....................................1000
• Respiradores com Suprimento de Ar:
Semifacial com Fluxo Contínuo ........................................................................................50
Capacete, Capuz ou Peça Facial Inteira, com Fluxo Contínuo ........................................1000
Demanda com Pressão ...............................................................................................1000

4 - O que são poeiras?


São formadas quando um material sólido é quebrado, moído ou triturado. Quanto menor a partícula,
mais tempo ela fi cará suspensa no ar. As poeiras são os contaminantes mais comumente presentes
em ambientes de trabalho. Constituídas por particulados sólidos, geralmente concentram-se em
faixas de tamanho superiores a 1 micrômetro, e sua composição e concentração – normalmente alta
– definem o risco da exposição. São originadas quando materiais na forma sólida são submetidos
a processamento mecânico, como moagem, lixamento, britagem, corte, desbaste, usinagem, entre
outros.

5 - O que são névoas e neblinas?


Névoas e neblinas são constituídas por particulados líquidos na forma de gotículas em suspensão na atmosfera. A diferença entre elas é que as primeiras, as névoas, são geradas por processo mecânico, como ruptura física de um líquido durante processos de pulverização, nebulização ou borbulhamento; já as neblinas são produto da condensação na atmosfera
de pequenas partículas líquidas provenientes de um líquido previamente volatilizado por processo térmico.

O aparecimento de neblinas é muito comum no início da manhã como um processo natural que ocorre em locais onde a atmosfera é bastante úmida, tais como proximidades de serras, montanhas e lagos: a água líquida evapora durante o dia quando a temperatura é mais elevada, condensando-se na atmosfera sob a forma de gotículas minúsculas durante a madrugada, quando a temperatura ambiente costuma cair significativamente. A formação de neblinas também pode ser visualizada em ambiente industrial em algumas operações como banhos químicos a quente, em peças metálicas ou plásticas, entre outras.

6 - O que são fumos?


Os fumos ocorrem quando um metal ou plástico é fundido (aquecido), vaporizado e se resfria rapidamente, criando partículas muito finas que ficam suspensas no ar. Os fumos, tais como as poeiras, são particulados originados a partir de
materiais sólidos. Consistem em sólidos metálicos ou plásticos, aquecidos até sua fusão. Através deste processamento térmico, os sólidos fundidos são volatilizados e condensados na atmosfera devido a diferenças bruscas de temperatura. Neste processo são gerados particulados finamente divididos, usualmente menores que 1 micrômetro de diâmetro médio mássico aerodinâmico.

7 - O que são gases?


Gases são substâncias que, à temperatura ambiente, estão no estado gasoso e são geralmente invisíveis.
Definem-se como gases as substâncias químicas
que se apresentam no estado gasoso quando em
condições normais de temperatura e pressão (CNTP), isto é, sob temperatura e pressão ambientes. São exemplos de gases: oxigênio, nitrogênio, monóxido e dióxido de carbono, óxido de etileno, argônio, hidrogênio, amônia, cloro, dióxido de enxofre, sulfeto de hidrogênio, metano, propano, butano, óxido nitroso, ozônio, dentre muitos outros.

8 - O que são vapores?


Vapores são substâncias que evaporam de um líquido ou sólido, da mesma forma que a água
transformada em vapor d’água. Geralmente são caracterizados pelos odores: você não vê um vapor, mas sente o cheiro. São exemplos de vapores: álcool etílico, metanol, acetona, ácido acético, acetato de etila, vapor de mercúrio, gasolina, diesel, benzeno, tolueno, xileno, formaldeído (formol), glutaraldeído, halotano, éteres, ciclohexano, clorofórmio, tetracloreto de carbono, diisocianato de tolueno (TDI), nafta (destilados de petróleo),
dentre inúmeros outros.

9 - Como são classificados os filtros P1, P2, P3, PFF1, PFF2 e PFF3?


De acordo com recomendações contidas no PPR (Programa de Proteção Respiratória) da
FUNDACENTRO, seguem abaixo as classificações dos filtros e para quais contaminantes são
recomendados:

PFF1 / P1: Poeiras e/ou Névoas (aerossóis mecanicamente gerados)
PFF2 / P2: Fumos (aerossóis termicamente gerados) e/ou Agentes Biológicos
PFF3 / P3: Particulados altamente tóxicos (LT<0,05 mg/m³) e/ou de toxidez desconhecida
PFF significa peça facial filtrante, pois o próprio respirador é um meio filtrante.

Os filtros mecânicos são testados de acordo com as normas NBR 13697 (P1, P2 e P3) e NBR
13698 (PFF1, PFF2 e PFF3) e os dois parâmetros avaliados são a perda de carga (resistência à
passagem do ar) e a penetração de partículas.

Os filtros P1, P2 ou P3 são utilizados em respiradores com manutenção, e os PFF1, PFF2 e PFF3
são os respiradores sem manutenção.

10 - Para que serve um filtro mecânico?

Os filtros mecânicos são geralmente constituídos por um emaranhado de microfibras sintéticas
que, no caso dos filtros da 3M, são tratadas eletrostaticamente e são capazes de reter apenas os
materiais particulados (poeiras, névoas e fumos) presentes no ambiente.

Os filtros mecânicos não devem ser utilizados de nenhuma maneira para proteção
contra gases e vapores.

11 - Qual a vida útil dos filtros mecânicos?


A vida útil para filtros mecânicos é variável, dependendo de diversos fatores tais como o tipo de
contaminante, sua concentração, a frequência respiratória do usuário e a conservação do produto,
devendo sempre ser avaliada pelo responsável sobre a determinação do uso de EPI.

O filtro mecânico deve ser trocado sempre que o usuário perceber um aumento na dificuldade de respiração através do filtro. Isto significa que ele se encontra saturado (entupido). Também deve ser trocado sempre que houver danos físicos, e quando não estiver mais em condições adequadas de higiene, ou seja, quando o filtro estiver sujo.


Não deve ser feito qualquer tipo de reparo ou manutenção nos filtros.

12 - O que é um Cartucho Químico?

Os cartuchos químicos geralmente são constituídos por carvão ativado em sua estrutura interna, que pode receber ou não algum tipo de tratamento químico para captura de certos tipos de gases e vapores presentes no ambiente.

Os cartuchos químicos não devem ser utilizados de nenhuma maneira para proteção contra
materiais particulados (poeiras, névoas e fumos).



13 - Qual a vida útil dos cartuchos químicos?


A vida útil de cartuchos químicos é variável, dependendo de diversos fatores tais como o tipo
de contaminante, sua concentração, a frequência respiratória do usuário, a umidade relativa do
ambiente e a conservação do produto pelo usuário. Uma forma prática de se determinar a vida
útil de cartuchos químicos é fazendo-se um histórico das trocas em determinada situação dentro
do mesmo ambiente de trabalho ao longo de um bom período de tempo. A partir daí, desde que
não haja nenhuma alteração do processo, uma média de tempo é calculada e então se determina
que, em média, os cartuchos deverão ser trocados naquele intervalo de tempo.

Também é possível estabelecer um tempo estimado de fi m de vida útil para os cartuchos utilizando-se o Software da 3M para este cálculo estimado, lembrando que ele só é válido para os cartuchos químicos da 3M.

Mesmo assim, os usuários ainda devem ser orientados a trocar os cartuchos caso sintam cheiro
ou gosto do contaminante antes deste período pré-estabelecido, lembrando que esta não é uma
maneira rotineira de verificação de fi m de vida útil, já que a percepção das pessoas em relação ao
cheiro ou gosto de determinado contaminante não é um fator confiável e nem seguro.

14 - Como posso descartar cartuchos químicos já usados? Posso reciclar?


Em relação ao descarte dos cartuchos químicos que não estejam contaminados, tanto a tela
de polipropileno que retém o carvão ativado quanto o cartucho, podem ser descartados através de
incinerador apropriado. Os mesmos não devem ser reciclados. Sugerimos o descarte dos cartuchos
contaminados de acordo com as políticas de Segregação de Resíduos da sua empresa.

15 - Qual a diferença entre os cartuchos químicos e filtros mecânicos?


Os cartuchos químicos geralmente são constituídos por carvão ativado em sua estrutura
interna, que pode receber ou não algum tipo de tratamento químico para captura de certos tipos
de gases e vapores presentes no ambiente. Os cartuchos químicos não devem ser utilizados de
nenhuma maneira para proteção contra materiais particulados (poeiras, névoas e fumos).

Os filtros mecânicos são geralmente constituídos por um emaranhado de microfibras sintéticas
que, no caso dos filtros da 3M, são tratadas eletrostaticamente, e são capazes de reter apenas
os materiais particulados (poeiras, névoas e fumos) presentes no ambiente. Eles podem receber
classificações de P1, P2 ou P3, dependendo de sua capacidade de retenção de contaminante.

Os filtros mecânicos, desde que não sejam combinados, não devem ser utilizados
de nenhuma maneira para proteção contra gases e vapores.

16 - O que são filtros combinados?


Um filtro combinado é um filtro composto por um filtro mecânico, capaz de capturar material
particulado (poeiras, névoas, fumos) e um filtro químico em conjunto, capaz de capturar gases e
vapores.

17 - O que é um respirador sem manutenção?




Um respirador sem manutenção, como o próprio nome diz, é um tipo de respirador em que não deve ser realizado nenhum tipo de manutenção ou reparo; a própria peça facial é filtrante. Deve ser trocado sempre que se encontrar saturado (entupido), perfurado, rasgado ou com elástico solto ou rompido, ou quando o usuário perceber o cheiro ou gosto do contaminante.




18 - O que é um respirador com manutenção?


Um respirador com manutenção, como o próprio nome diz, é um tipo de respirador em que é possível e devem ser realizadas manutenções, higienizações e limpeza na peça facial, que é constituída por material elastomérico. Os filtros e cartuchos são acoplados à peça facial e devem ser trocados conforme planos pré-estabelecidos ou conforme indicações do fabricante.



19 - Para que serve a válvula de exalação?


A válvula de exalação permite a saída do ar úmido e quente; desta maneira o ar exalado não passa através do filtro, tornando a respiração mais “leve” e o uso da máscara mais agradável, propiciando mais conforto ao usuário e maior vida útil ao filtro.


20 - Qual a diferença entre os respiradores sem manutenção com e sem válvula de exalação?


Tecnicamente a eficiência de filtragem entre os equipamentos é a mesma, porém devemos
considerar que o respirador com válvula de exalação proporciona maior conforto ao usuário, pois
permite a saída do ar quente e úmido.

21 - Qual a diferença entre um respirador sem manutenção tipo concha para um dobrável?

Respiradores sem manutenção tipo concha ou dobrável, quando são da mesma classe (por exemplo, PFF1), possuem a mesma Eficiência de Filtração. O que pode diferenciá-los é a vedação no rosto do usuário. Em geral, respiradores do tipo concha possuem um formato mais anatômico e, por isso, tendem a oferecer uma melhor vedação a uma maior variedade de rostos. O recomendado é que se faça o Ensaio de Vedação – FIT TEST - para verificar se o respirador que será utilizado realmente oferece a selagem adequada ao rosto do usuário, evitando a passagem de contaminante.


22 - Como deve ser feita a limpeza nos respiradores com manutenção?


A limpeza deve ser feita todos os dias. O respirador deve ser lavado com água e sabão
neutro após o uso. O momento da limpeza deve ser aproveitado para fazer uma inspeção na
concha de vedação, válvulas de inalação e exalação, para garantir que estas peças não estejam
danificadas.

Uma boa higienização diária proporciona manutenção adequada e durabilidade do equipamento.


23 - Preciso fazer ensaio de vedação em respiradores?


O ensaio de vedação é imprescindível, porque é através dele que será determinado qual o
tamanho adequado de respirador para os diferentes tipos de rosto.

O Ensaio de Vedação é importante até mesmo para aqueles que utilizam Linha de Ar
Comprimido ou Respiradores Autônomos.

24 - Qual a diferença entre respirador e máscara cirúrgica?


O respirador é um Equipamento de Proteção Individual que cobre boca e nariz. Proporciona uma
vedação adequada sobre a face do usuário e possui filtro eficiente para retenção dos contaminantes
presentes no ambiente de trabalho na forma de aerossóis.

O respirador, além de ter capacidade de reter gotículas, apresenta proteção contra aerossóis
contendo agentes biológicos, como vírus, bactérias e fungos. Em ambiente hospitalar, para proteção
contra aerossóis contendo agentes biológicos, o respirador deve ter um filtro com aprovação
mínima PFF2/P2.

A máscara cirúrgica é uma barreira de uso individual que cobre nariz e boca. É indicada para
proteger o Trabalhador da Saúde de infecções por inalação de gotículas transmitidas a curta
distância e pela projeção de sangue ou outros fluidos corpóreos que possam atingir suas vias
respiratórias. Serve também para minimizar a contaminação do ambiente com secreções
respiratórias geradas pelo próprio Trabalhador da Saúde ou pelo paciente em condição de
transporte.

É importante destacar que a máscara cirúrgica:

- Não protege adequadamente o usuário em relação a patologias transmitidas por aerossóis, pois, independentemente da sua capacidade de filtração, a vedação no rosto é precária neste tipo de máscara;

- Não é considerada um Equipamento de Proteção Respiratória ou Equipamento de Proteção Individual e, portanto, não está sujeita ao Certificado de Aprovação (CA) do Ministério do Trabalho (NR-6).

Respiradores são purificadores do ar, e seu uso deve seguir as recomendações do programa de
proteção respiratória; atendem às normas ABNT e recebem um certificado de aprovação do MTE.

25 - Qual a diferença entre o respirador PFF2 e um com certificação N95?


Respiradores com classificação PFF2 seguem a norma brasileira (ABNT/NBR 13698:1996) e
a europeia e apresentam eficiência mínima de filtração de 94%, enquanto os respiradores com a
classificação N95 seguem a norma americana e apresentam eficiência mínima de filtração de 95%.
Portanto, respiradores PFF2 e N95 apresentam níveis de proteção equivalente.

26 - Qual o tempo de vida útil dos respiradores utilizados em ambiente hospitalar?


A vida útil do respirador é variável. Deve ser descartado quando se encontrar danificado,
perfurado, com elásticos soltos ou rompidos, quando a respiração do usuário tornar-se difícil, se
for contaminado por sangue ou outros fluidos corpóreos, ou se houver deformações na estrutura
física que possa prejudicar a vedação facial. Caso contrário, pode ser guardado e reutilizado de
acordo com as normas de controle de infecções hospitalares da instituição. Quando utilizado no
controle da exposição ocupacional a patógenos transmitidos também por contato, recomenda-se
o descarte do produto imediatamente após cada uso. Não deve ser feito nenhum tipo de reparo ou
manutenção no produto.

27 - Quais as exigências para a aquisição de um Respirador para proteção contra agentes biológicos?


O respirador deve possuir Registro no Ministério da Saúde/ANVISA (RDC 185/2001). Por ser um EPI, deve possuir também o Certificado de Aprovação (CA) emitido pelo Ministério do Trabalho e Emprego.










28 - Quando conheço o contaminante, porém, não sei qual a sua concentração, que respirador devo usar?


Conforme Instrução Normativa Nº1 de 01/04/1994, e recomendações para Seleção de Respiradores da FUNDACENTRO, quando não é sabida a concentração de contaminante no ambiente e não é possível estimá-la, os únicos respiradores que podem ser utilizados são Máscaras Autônomas de Demanda com Pressão Positiva ou Linha de Ar Comprimido de Demanda com Pressão Positiva com Cilindro Auxiliar para Fuga.

29 - Qual respirador devo utilizar quando sei apenas o nome fantasia do produto com o qual trabalho?


Quando sabemos apenas o nome fantasia do produto químico, é necessário entrarmos em
contato com o fabricante deste produto para que ele forneça as informações mínimas necessárias
sobre composição do produto para identificarmos qual o contaminante pode estar presente no
ambiente durante a aplicação/manipulação do mesmo.



Precisou de EPI? #NaKausbenTem
*Lembrando que por causa da Pandemia da COVID-19 o nosso estoque de máscaras estão zerados e sem previsão de reposição.


Fonte: 3M